Letra: Sergio Carvalho Pereira
Música: André Teixeira e Ricardo Comassetto
Intérprete: Luiz Marenco
Recorro campo sozinho,
nem “carculo” a quanto tempo.
Quando em quando um assoviozinho
se vai perdido no vento.
Quietude nestas jornadas
e a alma não se machuca.
As vozes das invernadas,
sem silêncio, não se escuta.
O arroio canta pra pedra,
pra noite o grilo nochero,
o arado fala com a verga
e a estrela com o caborteiro.
Campo tem voz de porteira,
de retoço da manada,
tem vento que chama poeira
e o mormaço, a manga d’agua.
Chuva no poço da sanga,
rufar de pala de seda.
Canta o sabiá pra pitanga
e o angico pra labareda.
É lindo o ranger do arreio
no escurão da noite cega
e o vento sul de floreios
no encordoado das macegas.
Quieto, cruzando o potreiro,
quando a manhã se perfila,
passo escutando o barreiro
saudando um rancho de argila.
Guabiju!... Ariticum!...
Range o rodado e se foi...
A voz do homem comum
é o tempo chamando o boi.
Tropel em várzea encharcada,
mareta beijando a taipa.
Na aragem da madrugada
cruza um sussurro de gaita.
Com esse assovio antigo
e os cascos sonando o pasto,
meu mundo fala comigo
pelos fundões donde eu passo.
Não pense que eu sou sozinho...
Que são tristes os dias meus...
Ouço juras e carinhos
desses campos de meu Deus.
Recorro os campos solito,
nem “carculo” há quanto tempo.
Quando em quando um assoviozito
Se vai perdido no vento.
Quietude nestas jornadas
e a alma não se machuca.
As vozes das invernadas,
Sem silêncio, não se escuta.
VÍDEO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK
quando a manhã se perfila,
passo escutando o barreiro
saudando um rancho de argila.
Guabiju!... Ariticum!...
Range o rodado e se foi...
A voz do homem comum
é o tempo chamando o boi.
Tropel em várzea encharcada,
mareta beijando a taipa.
Na aragem da madrugada
cruza um sussurro de gaita.
Com esse assovio antigo
e os cascos sonando o pasto,
meu mundo fala comigo
pelos fundões donde eu passo.
Não pense que eu sou sozinho...
Que são tristes os dias meus...
Ouço juras e carinhos
desses campos de meu Deus.
Recorro os campos solito,
nem “carculo” há quanto tempo.
Quando em quando um assoviozito
Se vai perdido no vento.
Quietude nestas jornadas
e a alma não se machuca.
As vozes das invernadas,
Sem silêncio, não se escuta.
VÍDEO: REPRODUÇÃO/FACEBOOK
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