21ª Seara resgata linhas Nativista, Galponeira e Contemporânea Gaúcha




O regulamento oficial da 21ª Seara da Canção Gaúcha só será divulgado no começo de setembro. Mesmo assim, os artistas e o público já podem ir se familiarizando com alguns detalhes que vão nortear a realização do festival, marcado para os dias 25, 26 e 27 de novembro, em Carazinho.

A grande novidade da 21ª Seara é o retorno da premiação especial para as linhas Nativista, Galponeira e Contemporânea Gaúcha. Todas as músicas selecionadas para o festival concorrerão entre si pelo prêmio de melhor canção do festival, sendo destacada ainda a melhor canção de cada linha musical.

- A premiação especial para as linhas musicais era um diferencial significativo da Seara da Canção e sua retomada faz parte do processo de resgate da identidade cultural do festival. Esse entendimento procura valorizar a diversidade do cancioneiro gaúcho, oportunizando que o público e os artistas possam explorar e prestigiar um repertório mais amplo e variado, sempre priorizando a qualidade musical - destaca Gustavo Weber, presidente da Associação Seara de Arte e Cultura Gaúcha.

Como se define a que linha cada música pertence?
Essa é uma dúvida que muitos espectadores podem ter. Os conceitos de linhas musicais prevalentes na 21ª Seara da Canção Gaúcha observam as diretrizes propostas pela comissão organizadora, que valorizam os conceitos historicamente adotados no festival:

- Nativista: composições que enfoquem os mais variados temas rio-grandenses, desde as origens até sua projeção no futuro, valorizando o forte sentimento terrunho e as tradições gaúchas, de construção poético-musical que observe a temática melódica popular e tradicional gaúcha, normalmente mais lentas e intimistas.

- Galponeira: composições identificadas com o ambiente galponeiro e que poderão, inclusive, ser de construção e elaboração mais simplificada e singela, possibilitando condições de mais fácil e rápida assimilação e difusão popular, normalmente mais animadas e bailáveis.

- Contemporânea gaúcha: composições que enfoquem temas gaúchos no tempo presente (situação atual do homem no campo, preservação da natureza e do meio ambiente, realidade política, social e econômica), de construção poético-musical que, apesar de poder conter aspectos inovadores, não descaracterize a temática melódica popular e tradicional gaúcha.

As linhas musicais e o vínculo com a Seara
Para citar alguns exemplos de edições anteriores da Seara, na linha Nativista foram premiadas músicas como “Meu Nome É Rio Grande” e “Benquerença”; na linha Galponeira tiveram destaque músicas como “Chamamento” e “Baile do Rengo”; e na linha Contemporânea Gaúcha venceram músicas como “Santa Helena da Serra” e “Até Quando Deus Quiser”.

- O retorno das linhas musicais resgata a identidade da Seara. Quando essas categorias existiam, o festival projetou grandes músicas no cenário estadual e inclusive colocou em evidência alguns ritmos que estavam de certa forma esquecidos. Com linhas musicais bem definidas, os poetas também passar a trabalhar composições direcionadas para o festival. As linhas estabelecem uma filosofia de trabalho para o evento e faz com que a Seara volte a ter sua identidade cultural e seu espaço no cenário dos festivais – pontua Terson Praxedes, diretor de palco da Seara e que possui vasta experiência trabalhando em diferentes festivais nativistas.

Além das linhas musicais, em 2022, o melhor tema sobre Carazinho e/ou sobre a Seara da Canção Gaúcha receberá uma distinção especial, dentre os vários prêmios que serão concedidos.

Lançamento da 21ª Seara
O festival ocorrerá nos dias 25, 26 e 27 de novembro no Patronato Santo Antônio, contemplando as fases Local, Geral e a Searinha. Antes disso, o público poderá participar da festa de lançamento da 21ª edição da Seara da Canção Gaúcha, marcada para o dia 10 de setembro. O evento vai acontecer no CTG Rincão Serrano em Carazinho, contando com apresentações de Cristiano Quevedo e Edilberto Bérgamo, entre outras atrações.

Crédito da foto: Acervo fotográfico Museu Olívio Otto

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